sexta-feira, 14 de maio de 2010

Coisas simples com um enorme sentido.

Uma quarta-feira, uma sala do 3º ano de Química, uma aula de Biologia.
Galera agitada, professora estressada, metade de alunos não percebendo a presença da professora, a outra metade fingindo entender o que ela fala e um ou dois alunos tentando colocar moral na sala.
Professora explicando matéria, ninguém entendendo, alunos cantando, dançando e rindo em plena aula. Uma pessoa chega, para o alívio de uns e raiva dos outros, ela os manda ao auditório assistir palestra de enfermagem. Alguns bolados, outros felizes por não ter mais aula de biologia.
Chegam e criam o primeiro problema: Criar uma fila indiana para anotar o nome no papel.
A professora percebe que só conseguem tumultuar e ficar um do lado do outro.
Outro problema: Ficarem calados sem se comportar como alunos de 3ª série.
Todos percebem ser impossível, pessoas reclamam da demora para escrever apenas um nome, outras reclamam querendo ir embora, outros de simplesmente não gostar de enfermagem e não querer ser obrigado a assistir a palestra que parecia ser tão boa (pura mentira).
Mais um problema: O tédio reina, a palestra não começa e os alunos que estão todos sentados juntos, tem a ideia de fazer "ola".
Auditório enorme, muitas pessoas juntas, e um grupo de 40 e poucas pessoas fazendo "ola", professora altamente estressada e falando que na próxima quarta todos iriam se arrepender, alunos não ouvem e continuam se divertindo antes que a palestra comece.
Problema de novo: Antes da palestra começar, uma pessoa avisa que se quiser sair precisa pedir a chave.
Pessoas se revoltam, porque o plano de fugir acabou não dando certo. O tédio reina novamente porque a palestra é um saco e a pessoa que está lá na frente fala de uma forma que te dá sono, assim pessoas já estão conversando, outras já estão com o celular na mão jogando, outros fingem entender mas na verdade não estão mais presentes naquele lugar. Começam as piadas e as risadas, até a professora que não está nada feliz, ri de algumas, mas mantém sua postura de séria. Enfim, depois de muito tempo acaba, mas a palestrante não termina de falar, começa a agradecer e a apresentar algumas pessoas. Mas os alunos altamente educados saem e ela fica falando sozinha, todos simplesmente loucos pra ir embora, mesmo ainda tendo aula.

E assim percebemos, que o último ano é sempre o melhor e mais doloroso.
Que as pessoas mesmo sabendo que só tendo esse ano para aproveitar, elas se juntam mais e fazem de tudo pra que cada momento seja eterno. Confesso que isto me fará muito falta, até as coisas mais bobas como esta acima citada, até as mais tensas, eu irei lembrar com um enorme carinho. Sentirei saudades, mas agora é aproveitar enquanto dura, aproveitar as festas, as zoadas, os assuntos tensos e as bobagens, aproveitar cada segundo mesmo. Porque sei que terei muita história pra contar.

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