segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Um dia, não tão bom.

Senti um frio na barriga ao acordar. Saberia que o dia não seria bom. Tudo tão diferente, até o céu que a dias estava claro, estava escuro. Que sensação estranha, é como se fosse acordar em outro lugar. Tudo tão diferente, tão vazio.
Sem reações, corri para meu banho. Tão quente, tão confortável. Vontade de sentar por ali e passar o dia inteiro. Ali me sentia bem, mas só ali. Que confusão de sentimentos. Tentei colocar ordem, mas como mandar em algo que não nasceu para obedecer? Sem sucesso, corri para rua. Quem sabe ali teria aconchego? E errei. Pessoas tristes, com pressa. Pareciam robôs. E eram robôs. O tempo com o trabalho as transformaram robóticas. Elas não faziam ideia disso.
Desisti, talvez um filme me animaria. Não, eu estava errada mais uma vez. Só história de amor, sem final feliz. Como pode existir um filme assim? Filmes não existem para ser como nossas vidas, existem para nos divertir e passar o tempo. Coisa que não estava acontecendo.
Não aguentei, precisava de ar. Mas um ar bom, algo que me animasse. Peguei meu casaco, me cachecol e parti. Peguei qualquer trem, qualquer um. Não tinha destino. Queria o acaso. E o encontrei. Parei em uma cidadezinha, linda. Ruas de pedras. Poucas pessoas. Uma delícia. Então percebi que as pessoas estavam iguais as de antes.
Desisti outra vez. Eu definitivamente, não estava com sorte. Procurava sorrisos. E não encontrei. Foi então, que percebi que quem estava com problemas não eram as pessoas e sim eu. Para vê-las sorrindo, eu precisava sorrir. Para vê-las calmas, eu precisava acalmar.
Então deitei e fui dormir. Porque naquele dia eu não tinha motivos para estar feliz. Porque o que me fazia sorrir, não estava mais aqui.

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